A esclerose múltipla é uma doença sem cura conhecida, mas com os avanços da medicina surgiram tratamentos que ajudam a diminuir a progressão da doença, melhorar a qualidade de vida da pessoa e prevenir a incapacidade.
Um desses tratamentos é o medicamento Ocrevus (Ocrelizumabe), aprovado pela Anvisa em 2018 e indicado no tratamento de pacientes com as formas recorrentes de:
- Esclerose múltipla (EMR)
- Esclerose múltipla progressiva primária (EMPP)
Ambas doenças atingem o sistema nervoso central do paciente.

Ocrevus e sua ação no controle da EMR e EMPP
As doenças citadas na introdução são ambas de caráter neurológico, crônico e autoimune – que é quando as células de defesa do organismo do paciente passam a atacar seu próprio corpo – neste caso, o sistema nervoso central, culminando em lesões cerebrais e medulares.
Não se sabe de forma exata como o medicamento Ocrevus exerce seu efeito terapêutico na esclerose múltipla – mas estima-se que ele atua em sua ligação ao receptor CD20 (receptor de superfície do linfócito B) modulando a ação do sistema imunológico da pessoa portadora de esclerose múltipla.
Ou seja, seu funcionamento provavelmente se dá quando ele regula as células do sistema imunológico impedindo-as de atacar o corpo do paciente e ao fazer isso, ele consegue auxiliar no retardo da progressão da doença e diminui o número de crises da doença ao mesmo tempo que melhora a qualidade de vida de quem sofre deste mal.
É possível conseguir Ocrevus (Ocrelizumabe) pelo Plano de Saúde ou SUS?
Ocrevus é considerado um fármaco de alto custo (em torno de 50 mil reais) e para consegui-lo pelo SUS é necessário que o paciente seja diagnosticado com esclerose múltipla e tenha indicação médica do uso. O médico encaminha uma solicitação para a disponibilização do medicamento do Ocrevus pelo SUS.
A solicitação é avaliada pelo SUS que responderá se o paciente atende aos critérios e se aprovada, o Ocrevus será disponibilizado pelo SUS, embora costume demorar um pouco, pela grande demanda de pedidos por medicamentos de alto custo.
Se você conta com saúde suplementar pode inclusive exigir deste o fornecimento desta medicação, pois ele foi incluído no Rol de Procedimentos da ANS em fevereiro de 2021, possuindo cobertura obrigatória por parte dos planos de saúde.
Casos em que o SUS deve fornecer o medicamento Ocrevus.
O Ocrevus (Ocrelizumabe) pelo SUS só é disponibilizado para pacientes com casos específicos – de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério de Saúde – que elenca alguns quadros para a concessão do medicamento:
- Pacientes com esclerose múltipla primária progressiva – EMPP – com dificuldades para se locomover ou realizar atividades cotidianas com comprovação de progressão da doença nos últimos anos;
- Paciente com esclerose múltipla remitente recorrente – EMRR – que não obtiveram sucesso no tratamento com outros medicamentos;
- Pacientes com esclerose múltipla remitente recorrente – ERR – com a doença ativa que é definida como a presença de no mínimo uma das seguintes condições: exacerbações frequentes, lesões cerebrais ou lesões na medula espinhal; aumento na progressão da incapacidade.
Por serem quadros restritos, em alguns casos, o SUS pode negar o pedido. Caso a sua situação não esteja nas descritas acima, entre em contato conosco para saber se você tem direito clicando aqui.
Como conseguir Ocrevus (Ocrelizumabe) gratuitamente pelo Plano de Saúde ou SUS?
É seu direito como consumidor exigir do governo ou do seu plano de saúde essa medicação caso não tenha como pagá-la e já tenha tentado outros tratamentos, sem sucesso.
Se você está passando por isso saiba que é possível reverter essa negativa, ao recorrer judicialmente.
Porém é preciso contar com ajuda especializada de advogados com expertise em Direito do Consumidor, como os integrantes da equipe Berardini, para exigir via judicial o tratamento com o Ocrevus.
Se precisar, não hesite em contatar-nos, pois temos vasta experiência em ações de obtenção de medicamentos de alto custo e podemos lhe ajudar!


